sexta-feira, 19 de março de 2010

Estou chato, e agora?


Não são todas as manhãs que nós acordamos com o pé direito, abrimos a janela e dizemos “Ah! Que bela manhã!” Têm dias em que a gente perde a hora, dá uma topada no dedinho e ainda pisa no cocô do cachorro ANTES de chegar ao banheiro pra escovar os dentes.

Dias ruins são inevitáveis. Não há explicação para isso. Mas, por outro lado, há um estudo que prova que ser mau humorado, de vez em quando, tem lá suas vantagens. Uma pesquisa publicada na revista australiana Australasian Science revelou que o ser humano quando tomado pelo mau humor possui maior capacidade de julgar e criticar não só os outros, como a si mesmo.

Interessante, não? Essa pesquisa revela muita coisa. Eu só fico pensando em como um único dia de mau humor pode tornar-se quase permanente. Preste atenção: Geralmente num desses dias ruins sempre haverá uma pessoa com qual vamos nos irritar mais. Namorado, secretária, companheiro de equipe... Uma mísera palavra que o sujeito fale pode se tornar motivo para críticas e julgamentos com condenação perpétua. Um dia de mau humor pode fazer com que a gente fique preso á uma implicância que, por que não, chamada de infantil.

O resultado é claro: quem está a nossa volta uma hora não vai agüentar mais nos ouvir descer a madeira na outra pessoa. E isso é fato! Por isso evite em dias de mau humor conhecer sogras, sogros, cunhados e afins. Vai que você fique refém de suas críticas e passe os próximos 30 anos criticando a família da sua esposa. Isso, se ela não te der um pé antes das Bodas de Ervas. – Gozado esses nomes de bodas né? Aposto que existem asais que gostariam de levar ao pé da letra a comemoração dessa bodas.

Acho muito legal tudo isso, mas o que adianta saber os efeitos se eu não sei o antídoto? Os cientistas poderiam fazer algum estudo a respeito de como evitar que a gente se torne um chato de galocha, não é? Pois bem, na ausência deles... Vai eu mesmo!

Eu também tenho algumas pessoas que me irritam mais, e eu também falo delas para os amigos. É uma forma de desabafar, oras. Quem nunca fez isso que atire a primeira seta aqui! O que eu aprendi em primeiro lugar é ter auto-controle. Pense se não está falando demais, se não está contando muitas histórias da criatura, se o seu amigo já não está olhando para os lados ou para o relógio... Em segundo, tente ser paciente com a pessoa irritante. Ás vezes a gente se colocando no lugar dela, conseguimos perceber o porquê dela ser daquele jeito e até, quem sabe, dar um toque.

Minhas dicas estão superficiais, eu sei, mas acho que isso é o básico. Aos poucos cada um vai descobrindo formas de não ser tão chato. Apesar disso, espero realmente que nos próximos estudos científicos, dessa espécie, venham mostrando os problemas, os efeitos e, sobretudo: a solução.


Informação retirada da Revista Veja, novembro 2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário