Há cinco anos acontece em São Paulo, a Jornada de Cinema Silencioso. Sempre abordando um país como tema, já foram exibidos filmes da Suécia, França, Japão e Brasil. Este ano, na sua quinta edição, o país-tema será a Itália. O evento acontece entre os dias 5 a 14 de agosto, na Cinemateca.
O cinema silencioso italiano ganhou destaque em 1910 e quem irá falar sobre o histórico de filmes italianos, na conferência de abertura da V Jornada é o Luca Giuliani, diretor do Museo Nazionale del Cinema.
O centenário da chegada do italiano Gilberto Rossi ao Brasil, importante cinegrafista do período silencioso brasileiro, também será tema de um dos programas do evento e de uma exposição fotográfica. O evento celebra, ainda, os 150 anos de nascimento de Georges Méliès, considerado o criador do espetáculo cinematográfico, com a exibição de alguns filmes de sua autoria.
No quadro "Janela para a América Latina" será exibido o filme colombiano Garras de Ouro, feito em 1926. Feito por. P.P. Jambrina, o longa é o primeiro filme latino americano a ser classificado como antiimperialista.
Já o quadro "Destaques de Pordenone" - cidade italiana em que ocorre o festival do cinema silencioso - reúne anualmente filmes apresentados no festival Giornate del Cinema Muto, especialmente escolhidos por Paolo Cherchi Usai. Nesse ano serão exibidos dois filmes franceses e dois alemães.
O destaque maior, na minha opinião, será a música instrumental executada ao vivo, junto com a projeção dos filmes.
O mais curisoso é a explicação do nome V Jornada Brasileira de Cinema Silencioso. Por que não "mudo"? A resposta é tão óbvia que até nos desconcertamos. Mudo implica que não haja som, mas desde sempre houve trilha sonora, ao vivo, ou não. Por isso, se diz "silencioso", pois não há emissão de vozes e efeitos sonoros. Apenas música.
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