quarta-feira, 27 de julho de 2011

PRODUÇÃO BRASILEIRA NÃO FAZ SUCESSO EM SESSÃO DE ABERTURA DO ANIMA MUNDI

Ontem, às 8 da noite, aconteceu no Memorial da América Latina a cerimônia de abertura do Anima Mundi 2011. A 19º edição do evento vai exibir nos 5 dias de festival em São Paulo  e 10 dias no Rio de Janeiro, 484 filmes de 44 países.


O início da cerimônia foi com os personagens da Turma da Mônica. Eles representavam cenas de filmes filme nacionais como Tropa de Elite, Se Eu Fosse VocêMeu Nome Não É Johny.Em seguida, os organizadores e curadores anunciaram os projetos do Anima Mundi:

O Ano Da Escola - projeto que leva animação às escolas. São softwares, palestras e trabalhos de animaçãoque auxiliam no aprendizado;

Futuro Animador - projeto que dá a oportunidade de jovens fazerem curtas-metragens de animação;

Futuro Animador Adulto - projeto que possibilita que jovens e adultos trabalhem juntos em um curta-metragem de animação;

Galeria Animada - projeto que oferece palestras e workshops de animação experimental.

Foram exibidos 10 animações na sessão de abertura do Anima Mundi 2011. Entre eles é díficil apontar aquele que se destacou mais, principalmente porque os conceitos e métodos eram diferentes entre si. Mas acredito que ao menos três foram muito comentados pelo público.

O primeiro é uma produção inedita da PÍXAR em comemoração aos seus 25 anos de existência. O filme chama-se La Luna: uma simpática história de um menino que aprende com o pai e o avô como transformar a lua cheia em lua minguante.

Outro foi o infantil Orn,O Porquinho. A comedia, apesar de simples, conquistou os adultos. Na curta trama, o porquinho quer pegar os biscoitos que estão em cima de uma geladeira, dentro de um pote.

E o terceiro foi o filme argentino Luminaris. Um stop-motion feito com pessoas reais em que o personagem trabalha numa empresa de lâmpadas produzidas de uma forma diferente: ele mastiga bolinhas de gude e como se fizesse uma bola (como fazemos com o chiclete) ele cospe uma lâmpada. O objetivo dele é roubar um bom número de bolinhas de gudes para fazer um balão em forma de lâmpada e voar pelos céus argentinos.

Já o Brasil foi representado com o filme Furico e Fiofó,  do diretor Fernando Miller. A montagem destoou completamente dos demais. Com um tom crítico os personagens representavam a classe mais baixa da sociedade que de tão recriminada e pobre recorre à cola de sapateiro para ter um pouco de alegria. Mas de tão perseguidos por todos (policiais, elite, classe média, pessoas que lutam pela paz no mundo...) acabam morrendo. E detalhe... Só conseguem virar anjos depois que cheiram mais cola. Não é uma crítica ao filme. É importante que a animação traga reflexões desse gênero, mas dentro dos escolhidos, a proposta tornava-se estranha e perdia credibilidade.

A programação completa do Anima Mundi 2011 você confere no site: http://www.animamundi.com.br/



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