segunda-feira, 30 de agosto de 2010

MONTAGEM DE ‘39 DEGRAUS’ FICA A DESEJAR



Estreou a peça 39 Degraus, neste sábado no Teatro Frei Caneca. Uma montagem premiada do escritor Patrick Barlow e filmada por Alfred Hitchcock, adaptada aos palcos brasileiros por Clara Carvalho e Alexandre Reinecke. Com um elenco formado por Dan Stulbach, Danton Mello, Henrique Stroeter e Fabiana Gugli o espetáculo fica a desejar.

Não sou crítico formado nem nada, mas estudei um pouco de teatro e vi a reação do público ontem, domingo, durante a apresentação. Sem dúvidas que o elenco é de primeira linha, tão igual o cenário e o figurino, mas a atuação e as piadas não despertaram grandes gargalhadas na plateia. A repetição excessiva de falas e atos não provocaram um riso de forma “orgânica” – como dizem os professores de teatro – e sim, forçavam as pessoas a rirem já quando não aguentavam mais ouvir e ver a mesma coisa. Os espectadores perceberam isso logo de cara e não compraram a história desde o seu princípio. Só depois, no meio do conflito, eu notei que as pessoas esboçavam alguma reação.

Para quem assiste com um olhar crítico, atento aos detalhes, acaba notando alguns pecados da montagem. Se alguém for assistir preste atenção em como as algemas do personagem do Dan somem; perguntem-se como ocorreu o primeiro assassinato e como a última morte poderia ter ocorrido se a bala foi de raspão. Por fim, peço também, pra quem for assistir, que faça um comentário, aqui no NEUROSIDADE, explicando o que é, enfim, os 39 degraus e sobre o que o Mr. Memory fala no final.


39 Degraus
De Patrick Barlow
Direção de Alexandre Reinecke
Teatro Frei Caneca (600 lugares)
Rua Frei Caneca, 569 - 6º andar – Consolação
Bilheteria: Terça a domingo, das 13h às 19h.
Vendas pela internet: www.ingressorapido.com.br

3 comentários:

  1. Pegou leve com a crítica...

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  2. Arte Nao se explica! Pq os 39 degraus precisam ter sentido e pq Mr Memory precisa ser entendido{ Cada um tira suas próprias conclusoes!

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  3. Eu assisti a peça em Curitiba, que tem um público exigente, e parece que agradou a grande parte da plateia e de forma bem natural. Eu gostei muito da peça. E sobre algumas coisas que não fazem sentido no teatro, é porque não fazem sentido no filme. Muita coisa não tem explicação no filme. A ideia da peça foi de colocar o lado cômico dentro de um história que nasceu com o livro e passou pelo cinema como um suspense, uma história séria de investigação. Achei ideia e execução muito boas!

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